A Ascensão do Ronin — Review PS5

A Ascensão do Ronin abre as portas do Japão do século 19 com uma mistura rara de brutalidade, elegância e liberdade. Assim que o primeiro katana encontra a lâmina do inimigo, já fica claro: este é um jogo que valoriza Timing, ritmo e decisão rápida. Em 2024, quando os action-adventure já amadureceram, o título ainda consegue surpreender por me convidar a agir com precisão e a observar com calma — duas virtudes que, put simply, transformam a jogatina em uma experiência autoral.

Conceito e ambientação

Você é um ronin em um país em transformação, com o Ocidente batendo à porta e a sociedade samurai tentando preservar sua honra. O mundo respira história, mesmo quando a narrativa dá espaço para imaginário e licenças poéticas. A Yokohama recriada é vibrante e barulhenta, com vielas que pedem exploração e tetos que imploram para serem atravessados. O duality entre tradição e modernidade não é só tema; é sistema de jogo.

Jogabilidade: estilo, cadência e leitura

O combate tem três pilares: postura, timing e resposta ao ambiente. As posturas (há estilos com vantagens e desvantagens) pedem leitura do inimigo e trocas disciplinadas. O sistema de parry/deflect é sensível, e quando você acerta o ritmo, a sensação é de dança letal. Entre lutas, a exploração abre espaço para parkour orgânico, combate furtivo com sombras, ropes, ganchos e uma economia de recursos que evita grind desnecessário. Não é mundos abertos de checklist; é mapa que faz sentido onde cada esquina guarda um possível confronto ou um pequeno segredo.

Pontos fortes do design

  • Contraste de estilos de luta com janelas de vantagem claras e recompensadoras.
  • Traversal natural — subir, planar e escalar nunca pesa no fluxo.
  • Encadeamentos de ataques que pedem execução e leitura, não só botões.
  • Missão e exploração que se retroalimentam sem tata de coletáveis excessivos.

Conteúdo e estrutura

A campanha é consistente, com arcos que alternam duelos formais e emboscadas urbanas. As side quests não são “filler”; muitasemtram contexto, dizem respeito a quem você é e ao que sua espada significa para os outros. A progressão é elegante: ferramentas, habilidades e equipamentos se conectam de forma lógica, permitindo builds centrados em ritmo, dano crítico ou controle de multidão, sem broken builds que anulem o desafio.

Visual, direção artística e áudio no PS5

Visualmente, o jogo é competente, com care de personalidade — luzes, sombras e efeitos de clima compõem uma estética que sempre me Lembra de Kuniyoshi. O DualSense adiciona textura ao metal e resistência do arco, o que ajuda no timing sem ser_PLUGIN OSTrudo. Em termos técnicos, o modo fidelity prioriza resolução com sombras mais ricas; performance busca 60 fps com leves concessões. Ambos são estáveis na build final, sem travamentos que comprometam o ritmo.

Dificuldade e balanceamento

O jogo convida ao erro e à correção rápida. Depois de algumas mortes, você entende o idioma do inimigo: umataque telegráfico, uma hesitação, um opening que dura meio segundo. Quando acerta, o jogo celebra sua execução — e o feedback audiovisual reforça isso. O balanceamento evita o “bullet sponge” e valoriza a técnica, o que, para mim, é o que diferencia um bom action de um grande.

Pontos de atenção

  • alguns NPCs podem ter reaçõesw limitadas em situasições; não quebra a imersão, mas se nota em momentos de script.
  • Trocas de zona às vezes gatILHam carregamentos curtos em situações muito dinâmicas.
  • O sistema de conversas é funcional, porém sem a polida de RPGs focados em diálogo extenso.

Para quem é?

É para quem gosta de ação com leitura,traversal orgânico e narrativas que respiram cultura. Se Ghost of Tsushima, Sekiro e juegos de mundo aberto com alma de ação estão na sua lista, este título deve estar no seu radar. Se você procura um RPG talk-heavy com branching narrativo complexo, talvez não seja o foco — mas a espada fala por si.

Conclusão

A Ascensão do Ronin não tenta reinventar a roda; refina o que já funciona, com cadência própria e respeito ao tempo do jogador. O PS5 entrega uma execução sólida, e a identidade visual sustenta a promesa de ser um action competente, LDOTrad de fantasia e história. Recomendo para quem busca duelos significativos, movimento limpo e uma Yokohama que vale a pena atravessar de tetos em mãos.

Nota: 8,8/10