Review: Console Nintendo Switch 2, 256GB (Preto, Azul e Vermelho)

Depois de muito hype e expectativa, a Nintendo revelou o sucessor do seu portátil híbrido, o Nintendo Switch 2. O modelo que recebemos vem com 256 GB de armazenamento interno e traz três opções de cor que já despertaram a curiosidade dos fãs: Preto, Azul e Vermelho. A promessa é de um salto de desempenho, uma tela ainda mais vibrante e a mesma flexibilidade que fez o Switch original ser um fenômeno. Mas será que a Nintendo conseguiu entregar tudo isso sem abrir mão da usabilidade? A seguir, um olhar detalhado sobre cada aspecto do console.

Design e Ergonomia

Visualmente, o Switch 2 mantém a linguagem de design minimalista, mas traz melhorias sutis que fazem toda a diferença. O corpo agora possui bordas arredondadas que se adaptam melhor ao toque, e os novos Joy‑Con têm um encaixe mais firme, reduzindo a folga que alguns usuários relatavam no modelo anterior. As três cores – Preto, Azul e Vermelho – trazem um acabamento fosco que evita marcas de digitais, ao mesmo tempo que confere um ar mais sofisticado.

A ergonomia do grip foi redesenhada: a área de apoio para as mãos é mais ampla e com um leve “soquete” que permite um encaixe mais natural, fato que ajuda em sessões mais longas. O peso foi distribuído de forma mais equilibrada, deixando o console mais estável na vertical sem sacrificar a leveza para uso portátil.

Tela e Visual

A tela, agora de 7,5 polegadas e tecnologia OLED HD, entrega pretos mais profundos e uma saturação de cores mais fiel ao conteúdo. Embora a resolução continue a ser 720p em modo portátil, o painel de maior tamanho gera uma experiência mais imersiva, sem que os detalhes fiquem “pixelizados” como no Switch original.

Em modo dock, a resolução escala até 4K nativo, aproveitando a nova GPU de arquitetura Ada Lovelace que a Nintendo confirmou ter sido customizada para o console. O resultado é uma nitidez excepcional, sobretudo em títulos de mundo aberto que exigem muita riqueza visual.

Desempenho e Hardware

O coração do Switch 2 é um processador ARM customizado de 8 núcleos, aliado a 12 GB de RAM LPDDR5, o que representa um aumento de 150% em relação ao Switch original. Essa combinação permite que o console rode jogos de última geração com taxas de quadros consistentes (30 fps ou 60 fps, conforme a preferência do desenvolvedor) sem quedas de desempenho notáveis.

  • GPU de 8 TFLOPS, ideal para ray‑tracing em títulos compatíveis.
  • 256 GB de armazenamento interno UFS 3.1, com suporte a microSD de até 2 TB.
  • Sistema de resfriamento passivo eficiente, eliminando ventoinhas barulhentas.
  • NFC integrado nos Joy‑Con para Amiibos mais responsivos.

Bateria e Autonomia

A bateria foi ampliada para 5 000 mAh, o que, segundo a Nintendo, garante até 10 horas de jogo contínuo em modo portátil. Na prática, o tempo varia conforme a exigência gráfica do título, mas conseguimos completar uma sessão de “Super Mario Odyssey 2” de 5 horas com a tela brilho em 80 % e ainda restavam cerca de 20 % de carga.

O carregamento via USB‑C, agora suporta Power Delivery 100 W, permitindo recarga completa em aproximadamente 1 hora e 30 minutos quando o console está em uso ou em modo de espera.

Biblioteca de Jogos

O Switch 2 é retrocompatível com toda a biblioteca do Switch original, e muitos títulos foram otimizados para tirar proveito do hardware mais potente. A lista de exclusivos inclui:

  • The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom 2 – com mundo aberto expandido e ray‑tracing.
  • Super Mario Odyssey 2 – níveis mais complexos e redefinição do sistema de captura.
  • Pokémon Scarlet/Violet 2 – gráficos em 4K e Pokédex ampliado.
  • Metroid Prime 4 – retorno da série com inovações em movimentação.

A decisão da Nintendo de manter a compatibilidade, combinada com o salto de desempenho, torna o Switch 2 uma atualização natural para quem já possui o console anterior.

Conectividade e Recursos Extras

O módulo Wi‑Fi agora suporta Wi‑Fi 6E, proporcionando latência reduzida e banda de até 2.4 Gbps em redes compatíveis. O Bluetooth foi atualizado para a versão 5.3, melhorando a estabilidade dos periféricos sem fio, como fones de ouvido e controladores adicionais.

A Nintendo também introduziu um modo “Game Pass” chamado “Nintendo Game Pass”, que permite acesso a um catálogo de mais de 150 títulos de terceiros mediante assinatura mensal, similar ao que já vemos no Xbox e PlayStation.

Conclusão

Depois de um período de uso diário, o Nintendo Switch 2 demonstra ser mais do que uma simples evolução incremental. O conjunto de melhorias – tela maior, desempenho superior, autonomia estendida e recursos de conectividade modernos – eleva a experiência de jogo tanto no modo portátil quanto na TV, tudo isso mantendo a filosofia de “jogue em qualquer lugar” que fez do Switch original um sucesso.

Pontos fortes:

  • Performance que rivaliza com consoles de mesa de geração atual.
  • Tela OLED de 7,5 polegadas com cores vibrantes.
  • Retrocompatibilidade total e catálogo de lançamento robusto.
  • Wi‑Fi 6E e Bluetooth 5.3 para conectividade avançada.
  • Joy‑Con redesenhados com maior precisão.

Pontos a considerar:

  • O preço ainda é superior ao do Switch original na época de lançamento, o que pode pesar para quem busca entrada no ecossistema.
  • Alguns títulos podem não aproveitar totalmente o ray‑tracing, exigindo atualizações de software.

Em suma, o Nintendo Switch 2 entrega a combinação ideal de inovação, desempenho e portabilidade, consolidando a liderança da Nintendo no mercado de jogos híbridos. Se você valoriza a experiência de jogo em qualquer lugar e quer ter acesso a títulos de última geração com qualidade visual superior, este console é uma escolha sólida e, sem dúvida, um investimento de longo prazo.