FVBADE V40 PRO — Review completo do handheld “35000 em 1”

O FVBADE V40 PRO é um handheld retrô de bolso que promete até 35.000 jogos e reúne uma tela IPS de 3,5", bateria de 3800 mAh e um cartão de 256 GB para começar jogando quase sem configuração. Com visual transparente (na versão azul) e foco em portabilidade, ele se posiciona como uma opção prática para quem curte revisitar clássicos em movimento. Vamos explorar cada ponto que realmente importa na experiência do dia a dia.

Construção e design

O acabamento transparente dá umup visual moderno, e o plástico felt um leve toque premium sem pesar na mão. A distribuição do peso é equilibrada, e ouerpo se sustenta bem em sessões curtas. Osbotões de ação (A/B, X/Y) têm resposta consistente; os ombros L/R podem parecer um pouco duros dependendo do lote, mas nada que atrapalhe o ritmo.

O D-pad centralizado é amplo e preciso, bom para jogos 2D e plataformas que exigem direções rápidas. Os gatilhos, por sua vez, cumprem a função, com curso suficiente para jogos de corrida e disparo. No conjunto, o design prioriza praticidade: controlar com uma mão funciona, mas para maratonas mais longas, duas mãos dão mais conforto.

Tela e imagem

A tela IPS de 3,5" entrega cores vivas e ângulos de visão estáveis — algo que pesa bastante em portátiles. O brilho é suficiente para ambientes internos e sombras leves ao ar livre, ainda que sob luz direta a leitura sofra. A definição serve bem a plataformas retrô (do 8/16 bits até boa parte do 32 bits), e o Upscaling interno é competente para jogos 2D. Títulos 3D mais pesados do PS1 podem exigir ajustes de filtro para manter a fluidez.

Bateria e portabilidade

A célula de 3800 mAh leva o V40 PRO a 2–3 horas de uso contínuo, variando conforme emulador, brilho e intensidade de áudio. Em jogos 2D, a autonomia tende a ser maior; em 3D mais exigentes, desce um pouco. O carregamento é via USB‑C, prático e com compatibilidade com power banks, ideal para quem transporta o console fora de casa.

Arquitetura e emuladores

O hardware interno se mostra adequado para emuladores clássicos e boa parte de consoles 32 bits. A promessa de “45+ emuladores principais” inclui plataformas como NES, SNES, Genesis, Mega Drive, GB/GBC/GBA, N64 (com ajustes), PlayStation 1 e arcade via FinalBurn. Entre os emuladores mais leves, a execução é sólida, com transições e menus fluidos. Em outros mais exigentes, estabilidade e brilho de FPS variam, e pode ser necessário reduzir filtros ou desativar efeitos para manter ritmo.

Destaques de performance por categoria:

  • 8/16 bits (NES, SNES, Mega Drive): execução muito estável, latência baixa e boa resposta dos botões.
  • GB/GBC/GBA: sem percalços, ideal para portáteis clássicos em qualquer situação.
  • PlayStation 1: muitos jogos funcionam bem; alguns 3D pedem ajustes de resolução/filtro.
  • N64: viável para títulos menos pesados e ports; pesados podem exigir compromisso em FPS.
  • Arcade (FinalBurn): resultados sólidos em neo‑geo e CPS2/3 com perfis padrão.

Interface e usabilidade

O menu principal é direto e facilita acesso a bibliotecas, emuladores, salvar/estado rápido e configurações. O salvamento de estados funciona na maioria dos sistemas, o que é excelente para sessões fragmentadas. O bloqueio de botões pode ser ativado via “menu”, prevenindo toques acidentais durante transporte. Nem todos os recursos avançados estão 100% polidos — alguns atalhos poderiam ser mais claros —, mas a curva de aprendizado é curta para quem já usou handhelds retrô.

Áudio e conectividade

O alto‑falante tem volume suficiente para ambientes silenciosos, mas o fone de ouvido melhora significativamente a qualidade e a imersão. O volume em software é ajustável, com “mixagem” de áudio do sistema e dos emuladores. A conectividade sem fio abrange Wi‑Fi (para atualizações etransferências) e Bluetooth (para controles externos), embora o emparelhamento exija paciência em alguns momentos. As portas físicas incluem USB‑C (carregamento/dados), saída de áudio 3,5 mm e slot microSD para expansão.

O que vem na caixa

O kit acompanha o console transparente (azul), o cartão de 256 GB com BIOS e jogos, cabo USB‑C e manual básico. Pode incluir película de proteção e case, dependendo do vendedor. É recomendado conferirdesde o recebimento se o cartão vem formatado e com conteúdo já instalado, evitando passos extras.

Pontos fortes

  • Tela IPS 3,5" com cores vivas e ângulos estáveis.
  • Hardware adequado para 8/16/32 bits e boa parte do PS1/N64 leve.
  • Bateria de 3800 mAh e recarga via USB‑C.
  • Cartão de 256 GB pronto para uso com grande acervo.
  • Design compacto, transparente e confortável.

Pontos de atenção

  • Autonomia cai sob maior demanda (3D e brilho alto).
  • Gatilhos L/R podem exigir ajuste de sensibilidade em alguns lotes.
  • Configurações avançadas pedem leitura do manual; atalhos nem sempre óbvios.
  • Alguns emuladores pesados exigem tweaks para manter FPS consistentes.

Relação custo‑benefício

Para quem quer um handheld retrô com boa tela, dimensão de bolso e acervo generoso sem montar sistema do zero, o V40 PRO entrega uma proposta atrativa. Ele não rivaliza com handhelds tops emuladores 3D pesados, mas cumpre muito bem a proposta de ser um “arcade de bolso” para clássicos e boa parte do 32 bits. O cartão de 256 GB ajuda a começar já e reduz custos iniciais com armazenamento.

Veredicto final

O FVBADE V40 PRO conquista por simplicidade e equilíbrio: tela IPS decente, ergonomia suficiente e desempenho confiável em emuladores clássicos. Se você busca revisitar SNES, Mega Drive, GBA e PS1 com conforto, além de experimentar N64 e arcade com ajustes moderados, este handheld atende muito bem. Prepare alguns filtros e perfis para títulos mais exigentes e cuide do brilho em ambientes externos, e a experiência tende a fluir sem atritos.