Review: Intel Processador Core Ultra 5 Desktop 245K — 14 núcleos (6 P + 8 E) até 5,2 GHz

O Intel Core Ultra 5 245K inaugura a geração Arrow Lake na linha desktop com uma proposta equilibrada: menos heat, mais eficiência, AI dedicada (NPU) e uma iGPU robusta o suficiente para usos reais do dia a dia. Com 6 Performance-cores (P-cores) e 8 Efficient-cores (E-cores), somando 14 núcleos físicos e 14 threads, ele mira produtividade, criação leve e jogos em Full HD com a iGPU ou em 1080p/1440p com uma placa de vídeo dedicada. O turbo máximo de 5,2 GHz, o novo soquete LGA1851 e o suporte a DDR5-5600 tornam essa CPU uma alternativa moderna para quem quer componente novo sem exagerar no orçamento.

O que muda em relação às gerações anteriores

Falando de arquitetura, a Intel redesenhou o pacote com uma separação mais clara entre blocos de computação, I/O e memória. O resultado prático é menor latência entre núcleos e um comportamento térmico mais previsível. ALitografia de 3 nm em TSMC no compute tile ajuda na eficiência, enquanto o contato direto do DIE com o cooler e o novo TIM interno melhoram a troca térmica. Em jogos, isso costuma render menores picos de temperatura, o que implica estabilidade maior em sessões prolongadas. Em produtividade, a alocação mais inteligente de tarefas entre P e E-cores reduz interferência entre processos pesados e apps em segundo plano.

Especificações em destaque

  • Arquitetura: Arrow Lake (Intel 4 processo), design modular com compute tile separado
  • Núcleos/Threads: 6 P-cores (até 5,2 GHz) + 8 E-cores; 14/14 threads
  • NPU integrada: NPU 3 (até ~13 TOPS para aceleração local de AI)
  • iGPU: Intel Arc (Xe2), aprimorada frente às gerações passadas, útil para encodes/decodes e jogos leve
  • Memória: DDR5-5600, 2 canais (testado até 32 GB em Dual Channel)
  • Plataforma: LGA1851; chipset Z890 com PCIe 5.0 x16 e PCIe 4.0 para NVMe
  • TDP/Power: TDP base moderado; plataforma mais eficiente que “K” anteriores
  • Recursos: Dynamic Tuning, e-cores para background, NPU para tarefas de AI (uplift, super-resolution, Office assist)

Desempenho em jogos

Com a iGPU, o 245K entrega 1080p fluido em títulos competitivos (CS2, Valorant, Rocket League) e, com upscaling, sustenta uma jogabilidade decente em alguns single-player leves. Quando você adiciona uma GPU dedicada, o perfil muda: em 1080p a CPU não limita, e a diferença frente ao i5-14600K é mínima — às vezes você ganha menos 1% com nothing a perder. Em 1440p a CPU fica ainda mais fora da curva quando a GPU é o gargalo natural (RTX 4070 Super e acima). Em 4K, claro, a GPU dita o ritmo, e aqui o 245K funciona como um orquestrador silencioso e eficiente.

Para quem faz streaming, a iGPU ajuda em offload de encode em softwares compatíveis e, quando paired com a GPU, você pode mandar a camada de overlay e algunos efeitos para o NPU, reservando o slot de encoder para o aparato principal. O ganho prático: menos CPU overhead e mais quadros consistentes durante picos de ação.

Produtividade e criação

Os 6 P-cores dão conta do recado em browsing avançado, Office pesado, IDEs, virtualization leve e compressão. O sistema de E-cores otimiza apps de segundo plano (atualizações, antivirus, logs, backups), o que se traduz em experiência mais limpa durante o trabalho. Em Lightroom/Photoshop, os ganhos em RAW e gestão de cache são nítidos; DaVinci Resolve agradou quando combined com GPU e iGPU em decode/encode; Blender com Cycles se beneficia de uma GPU moderna. Para 8K e H.265 intensivo, o 245K não é o topo da linha, mas entrega resultado honesto em cortes e proxies. Em code build, compilações intermediárias mostram consistência interessante, mas compilações extremas — com alto parallelism — devem mirar um Core Ultra 7/9.

AI e o papel da NPU

A NPU de ~13 TOPS aparece na prática em apps que integram upscales, denoise e assistentes locais. Se você curte usar o Premiere com AI tools, o Resolve com super-resolution ou suporte de imagem, vai notar menor fricção quando a NPU entra em ação. No futuro, à medida que mais aplicações suportarem a NPU, o fluxo de trabalho ganha respiro — algo como transformar tarefas “sobrecarregadas” em tarefas distribuídas. Para quem roda experiências offline (Sem Internet), o ganho também é concreto: menos dreno na GPU/CPU e resposta mais rápida em recursos on-device.

Compatibilidade, memória e upgrade

O soquete LGA1851 é novo, então se você está em um setup Intel anterior, é probable precisar de placa-mãe nova. O suporte a DDR5-5600 dua dual channel exige que você use pares para o melhor throughput e latência mínima. Em NVMe, o caminho PCIe 5.0 x4 da placa-mãe Z890 é mais do que suficiente para SSDs modernos; em setups com GPU + SSD rápido, o takut de pau is unlikely. O ponto de upgrade futuro é sólido, já que a base LGA1851 deve acompanhar pelo menos uma geração subsequente — algo válido para quem não quer trocar placa-mãe a cada ano.

Cooling e ruído

Arrow Lake traz uma eficiência térmica visível. Em cargas de gaming, um air cooler de tamanho médio já mantém o 245K abaixo de 70–75 °C na maioria dos gabinetes, o que é uma melhoria sensorial clara. Em stress test, o pico pode se aproximar de ~85 °C, o que é esperado. A maior consequência prática é menos ruído do cooler, já que o Thermal Design não precisa operar como se fosse “turbo de年的时间”. Esse ganho, embora pareça pequeno no papel, melhora a experiência de uso e a longevidade do setup.

Quem deve comprar

  • Gamers 1080p/1440p que valorizam eficiência e não querem complicar o presupuesto
  • Criadores leves (Foto/Video) que abusam de proxy, upscaling e upscaling inteligente
  • Devs e profissionais que usam VMs leves, IDEs pesadas e ferramentas de produtividade moderna
  • Usuários de AI local que querem NPU para tarefas diárias e redução de overhead
  • Novos builds em LGA1851/DDR5 que buscan equilíbrio entre custo e performance

Quem deve considerar outro modelo

  • Workstations pesadas que precisam de mais núcleos/threads e cache robusto para compile e rendering avançado
  • 4K nativo puro com PCs que já têm GPU para além do topo — aqui a CPU faz menos diferença que resolução alta
  • Upgrades just-in-time de LGA1200/1700, quando o custo total (CPU + MB + Memória) supera o benefício em games 1080p/1440p

Configuração recomendada de teste

  • CPU: Intel Core Ultra 5 245K
  • Placa-mãe: Z890, BIOS atualizado
  • Memória: 32 GB DDR5-5600 (2x16), XMP/EXPO habilitado
  • Armazenamento: NVMe PCIe 4.0 x4
  • GPU: RTX 4070 Super (para testes de 1440p/4K)
  • Cooling: Air cooler 140 mm ou AIO 240 mm

Prós e contras

Prós

  • Eficiência térmica superior às “K” da geração anterior
  • iGPU Arc viável para jogos leves e aceleração multimídia
  • NPU integrada habilitaAI on-device
  • Plataforma nova com caminho de upgrade (LGA1851 + DDR5)
  • Desempenho sólido em 1080p/1440p sem bottlehneck típico

Contras

  • Em workloads extremos, menos núcleos/threads que opções premium
  • Upgrade exige troca de plataforma (MB + Memória)
  • Alguma dependência de suporte de software para maximizar NPU

Considerações finais

O Intel Core Ultra 5 245K não tenta ser o “rei” absoluto em tudo. Ele é a proposta inteligente para quem quer performance suficiente em games, benefícios reais da NPU e uma eficiência térmica que faça sentido no dia a dia. Em 1080p, entrega resultados excelentes; em 1440p, com uma GPU condizente, também. Em criação leve, é competente e consistente. Se você está montando uma máquina nova e não quer sobrar poder que não usará, esse é um ponto de equilíbrio muito atraente.

Se o seu foco é produtividade avançada e trabalhos que escalam com mais núcleos/threads, vale avaliar o Core Ultra 7/9. Mas, para a maioria dos usuários que buscam performance, eficiência e futuro com AI, o 245K cumpre sua promessa com estilo.