Review: Elden Ring Nightreign — Deluxe (PS5)

Nightreign é uma experiência nova dentro do universo de Elden Ring: mais direta, mais ágil e feita para rodar com amigos. A premissa, resumida em uma frase, é “cosmicamente curta e brutal”: você e seu grupo se lançam em um mapa que encolhe, enfrentam chefes que escalam de forma inteligente, e precisam tomar decisões eficientes de build e_ITEM de tempo para chegar ao fim. É roguelite, mas com a alma de um souls, e o resultado é uma camada extra de diversão para quem já dominava o estilo FromSoftware — ou para quem quer começar com um ciclo mais objetivo.

O que você encontra na edição Deluxe (PS5)

A edição Deluxe amplia o pacote com conteúdo que挖หน้า (skip) o valor visual e musical da jornada, além de dar acesso a itens cosméticos que ajudam a personalizar o visual sem mexer no equilíbrio. O que é prático é que tudo chega direto no console, sem catálogos barulhentos: a partir da primeira execução, o jogo detecta que é a versão Deluxe e desbloqueia os bônus na tela de seleção de personagem ou no menu de atualizações cosméticas.

Conteúdo e desbloqueios

  • Trilhas sonoras do Nightreign e faixas exclusivas do Deluxe em menu e menus administrativos do jogo.
  • Um livro de arte digital com weapon concepts, capturas de mundo, e um making-of de mecânicas como o “shrink” de mapa e as progressões de boss rush.
  • Pack cosmético de “Convergência”: visuais para cascos/esperanças, partículas de habilidade e um tema de ícone de PS5 simples e elegante.
  • Itens de jogabilidade desbloqueados dentro dos ciclos: dois amuletos de sugestão (o “Farol do Núcleo” e o “Selo de Vazio”), úteis para aprender a subida de dificuldade em runs iniciais.
  • Acesso antecipado a modos de treino e desafios de desempenho antes do lançamento global, útil para grupos que gostam de ajustar rotas e setups antes do grind.

Gameplay: um souls cooperativo acelerado

No coração, Nightreign é coop com roguelite. Cada sessão dura 45–70 minutos no ritmo “decente”, e a estrutura tradicional abre com um acendimento do microcosmo, segue com exploração de alto risco e termina com a escalada de um “último véu” que combina chefes, efeitos de arena e desordem ambiental. O “caos controlado” é o atrativo: o mapa encolhe por camadas, forçando encontros programados e decisões táticas claras.

O loop central de uma run

  • Escolha de nascença (build inicial) com talentos de nascer e uma seleção de supressores que se alinham ao estilo do grupo (supressor de imbução, supressores de carga e trégua).
  • Rota de exploração com “limiares” que desbloqueiam amuletos, melhorias de ferrão, e pontes de joias, com as bênçãos modulando o risco e a recompensa.
  • Chefe de mid-run que passa “tiers” em tempo real, com variações de melhoria adaptativa: se o grupo está navegando bem, o chefão “ganha” velocidade e maldições ambientais.
  • Shrink do mapa e subida de gravidade afetiva: menos área útil, mais confrontos, foco maior em rotas e na escolha de baús de risco versus baús de fôlego.
  • Culminação em “último véu” com síntese de chefes, uma “utopia tensa” onde mecânicas anteriores se combinam e o grupo precisa aplicar domínio de timings e comunicação.

Construção de builds e módulos

É aqui que o jogo brilha: o sistema de módulos é um mixing board do seu poder. Você combina talentos de base (cura incremental, explosão de ruptura, proteções reativas) com supressores e amuletos, e rapidamente descobre que a diferença entre “uma run ok” e “uma run memorável” está em decisões simples. Uma ressalva: o jogo não “explica” a complexidade; ele confia na sua curiosidade e na co-op. Se um amigo menciona “pilar de silêncio + rito de ferro”, provavelmente você vai testar e entender no ato.

Mundo e diseño: o tamagotchi dele

A escala é intencionalmente mais contida que Elden Ring, mas o mundo é rico. O “Brejo de Memento” é um dos destaques: névoa tátil, silhouettes de ruínas e uma estética que comunica fragilidade e promessa. O “Basalto” é mais hard tech, labiríntico, com rotas de escada que se curvam em torno de crateres, exigindo leitura e respeito por condições de queda. O “Salgado” é o mais emocional: reflective surfaces e um design sonoro de “vento gelado” que cria uma sensação de descoberta que dura até a última run.

Audiovisual e tecnologia no PS5

Visualmente, o jogo é polido e consistente. Modo 4K cinematográfico prioriza o Atlum e o densidad de luz, com pouco custo em responsividade; modo 60fps privilegia sensibilidade e fluidez. A tecnologia do PS5 aparece de forma competente: o áudio 3D é preciso para passos, gritos de chefes e deslocamentos em vertical, e os gatilhos adaptativos entregam um “peso” perceptível em ataques pesados ou em eлений de runa de salto. Haptics de acerto em chefes são marcantes sem se tornarem repetitivos.

Em terms de performance, a coop se sustenta bem com partida況 estável: conflitos de leitura são raros, e a mitigação de jitter é eficaz. Você vai notar quedas ocasionais em áreas mais densas do “Salgado” quando efeitos de partículas se acumulam com a subida de boss tiers, mas nada que quebre o ritmo. Se seu grupo usa comunicação boa, o frame pacing se sente estável.

Coop online: encontre a sua tribo

O lobby é intuitivo: o host seleciona “rotas, ritmo e tier de risco” com sliders simples, e os amigos recebem convites que mostram resumo da sessão. O cross-progression entre runas e amuletos é zero — cada ciclo é isolado —, mas os dados de progresso cosmético e de logros (como padrões de master de chefes) se mantêm fora do ciclo. Ou seja, a “economia” é limpa: você nunca tem vantagem fora do ciclo, e a integridade competitiva fica intacta.

Facilidades e acessibilidade

Nightreign conversa bem com quem quer jogar sem ser punido por detalhes. O “Ritual de Prática” permite treinar chefes, com marcadores de timing e opções de slowdown em microjanelas, úteis para aprender e ajustar rotas. O “Trilho de Equipamento” guarda setups de build com um clique, para que você e o grupo testem variações rapidamente. O jogo também inclui opções de contraste, filtros de brilho, que removem chamarizes, e legendas personalizáveis com “tamanho, posição e indícios auditivos”. Se você busca por uma acessibilidade séria, vai sentir que a FromSoftware capta o recado: não é barulhenta, mas está lá.

Balanço, progresso e dificuldade

A dificuldade é desafiadora de forma “honesta”. Chefes têm tempos de punição e leitura, e a “escala inteligente” de tiers é um chamariz: o jogo não “aumenta número de vida” e sim a complexidade. O sistema de runas e de disciplina cria uma cadência que convida a experimentação — e aqui que a edição Deluxe ajuda: com amuletos de sugestão, o player iniciante consegue entender o que “variação” significa sem depender de wikis pesados.

Para quem é (e para quem não é)

  • Para você que gosta de desafios curtos em coop com variação, e de “meta” de runa e de combate — sim, é uma compra certeira.
  • Para quem quer a experiência de Elden Ring em ciclos curtos e não tiene paciência de MMO de progresso mensal — vai curtir, é o “souls com disfarce de sessão de café”.
  • Se você espera um MMORPG com grind infinito, caça de equipamentos por semanas e sistemas de mercado — esse não é o caso, o foco é sessão limpa, repetível, sem atrapalhar sua semana.
  • Para quem deseja explorar profundamente, ler todas as histórias e mysteries em um mapa colossal — o Nightreign é menor, mais direto; talvez o Elden Ring base continue sendo seu “lar”.

Conclusão

Elden Ring Nightreign Deluxe é uma experiência que se define por limpeza e repetibilidade. O jogo funciona melhor quando você aceita que, mais do que “perder de um boss”, o que importa é “aprender a topologia do risco”. A edição Deluxe não altera o equilíbrio, mas adiciona camadas de valor estético e algumas ferramentas gentis para entrar no ritmo sem fricção. Em termos de experiência, é um “corta e cola” do que todo mundo já gostava nos souls, com a conveniência de um roguelite cooperativo desenhado para amigos que querem jogadelas rápidas e intensas.

No final das contas, Nightreign é uma prova de que o estilo FromSoftware cabe bem em formato curto, ainda que você precise se abrir para novas dinâmicas. Se você curte decisões apertadas, rotas e comunicação, o jogo cumpre com folga. E o Deluxe? É um agrado que faz sentido para quem quer tudo junto — arte, música, e um empurrão de entrada.

Pontos fortes

  • Coop intenso, responsivo, com mecânicas de risco que se adaptam ao grupo.
  • Mecânicas de construção ricas, mas acessíveis, que incentivam experimentação.
  • Audiovisual sólido e bem integrado às features do PS5.
  • Loop curto, repetível, e sem grind desnecessário.

Limitações

  • Exploração mais contida, sem a amplitude de um mundo aberto “sempre grande”.
  • Alguns picos de densidade de partículas podem afetar o frame em momentos de boss escalado.
  • A narrativa é metadiegética e não alicerça uma história épica; quem busca trama densa pode estranhar.

Nota final

Nota: 9/10