Review: Behringer C-2 (Par de Microfones Condensadores Cardioide, Prata)

Mais do que um kit “de entrada”, o Behringer C-2 chega como uma solução prática para quem quer captar com nitidez e baixo ruído, sem investimentos extras. Abaixo, uma visão completa do que esperar e onde ele brilha de verdade.

Visão geral

O Behringer C-2 é um par de microfones condensadores cardioide com padrão de captação consistente e resposta ampla de 20 Hz a 20 kHz. Seu corpo metálico robusto na cor prata dá aquela sensação de equipamento de estúdio — e não é só aparência. A ideia aqui é clara: entregar qualidade condizente com o preço, mas com um nível de detalhamento superior a option básicos de USB.

Principais características

  • Tipo: condensador de diafragma pequeno
  • Padrão: cardioide
  • Resposta de frequência: 20 Hz – 20 kHz
  • Sensibilidade: —38 dBV/Pa ±3 dB (cerca de 12,6 mV/Pa)
  • Ruído próprio (EIN): 19 dB(A) típico
  • Impedância: 100 Ω (carga recomendada ≥1 kΩ)
  • Conector: XLR de 3 pinos
  • Alimentação: fantasma 48 V necessária (pré-amp ou interface)
  • Conjunto: 2 microfones + 2 clipes + estojo esponjoso

Qualidade de som

O C-2 não tenta “doar” graves — felizmente. A curva é natural, com presença clara nos médios e transientes ágeis, sem dureza excessiva. Os agudos rolam suavemente até 20 kHz, o que ajuda em vocais e instrumentos acústicos com brilho controlado. Por ser cardioide, ele lida bem com off-axis, mas, como esperado, não é um supercardioide: ambientes muito reflexivos ainda pedem tratamento acústico.

Voz e narração

Para voz, o C-2 oferece uma presença agradavel sem ser exagerada. Em podcasts e voice-over, ele não “gruda” no ruído como alguns condensadores de entrada, desde que o ganho seja bem gerenciado. Evite posicioná-lo muito perto do peito; o Sweetspot costumeiro de 15–20 cm com pop filter resolve92% dos casos de plosivas.

Acústicos (violão/ukulele/cavaquinho)

Com instrumentos de cordas, o C-2 entrega uma captação equilibrada entre corpo e ar. Perto da 12ª casa, você mantém ataque e definition, enquanto o som “respira” sem estourar os médios. É uma boa pedida para gravações caseiras que buscam transparência e não aquele “colorido” maispingado de alguns modelos vintage.

Overheads e bateria

Usando o par como overheads, o C-2 responde bem ao “crash” e ao “ride”, com transientes rápidos e um “som de sala” controlável. Não espere subgrau profundo — de novo, é um condensador de pequeno diafragma. Mas o resultado é limpo e funcional, sobretudo quando você combina com um bom kick dedicado.

Ambiente e ruído

O ruído próprio é baixo o bastante para gravações limpas a ganhos moderados. Interfaces de entrada modesta vão bem; só evite raise de ganho excessivo, porque os pré-amps com piso de ruído alto podem “revelar” o que o C-2hidden. Em casas com pouco tratamento, use mantas ou pengaturan simples de absorção — a melhoria é nítida.

Construção e usabilidade

O corpo em metal confere proteção decente e uma sensação sólida ao toque. Os clipes inclusos seguram com firmeza, e o estojo ajuda no transporte e na organização. Não há choque interno; se o microfone for usado em estantes ou suportes sem isolamento, vibrações de mesa podem ir parar na gravação. A solução é simples: um shock mount simples resolve ou, no mínimo, prenda o suporte em superfícies estáveis.

Compatibilidade e conexões

Ele opera em XLR e exige alimentação fantasma de 48 V. Funciona direto em interfaces, pré-amps e mixers com suporte a phantom. Se sua interface não tiver, um injetor de phantom externo ou um pré-amp dedicado resolve. Como a impedância de saída é baixa (100 Ω), cabeamento padrão é tranquilo — mantenha cabos neutros e evite run-ins longos desnecessários.

Para que tipos de uso ele é ideal?

  • Podcasts, narração e videoconferências com qualidade superior
  • Gravação de vocais e coros leves
  • Instrumentos acústicos (violão, ukulele, cordas dedilhadas)
  • Overheads em bateria/percussão leve
  • Ambientes home studio com tratamento básico

O que você precisa saber antes de comprar

  • Phantom 48 V é obrigatório.
  • Inclua no setup um pop filter e, se possível, um shock mount.
  • Prefira ambientes com alguma absorção; o cardioide ajuda, mas não é mágico.
  • Se seu pré-amp for ruidoso, o ruído vai aparecer — cuide do ganho.

Pontos fortes

  • Par de condensadores cardioide com custo acessível
  • Resposta detalhada e transientes rápidos
  • Corpo metálico robusto e boa sensação de qualidade
  • Conjunto prático: dois microfones + clipes + estojo

Limitações a considerar

  • Sem shock mount incluso; capta vibrações se não isolado
  • Phantom 48 V obrigatório (não é USB)
  • Subgrau “contido” para overheads: ideal para setup básico de bateria

Comparação rápida

O Behringer C-2 compete com opções populares como Audio-Technica AT2020 (USB ou XLR) e Blue Snowball. Em relação ao AT2020, o C-2 tende a ser mais “rápido” nos transientes, enquanto o AT2020 oferece um corpo de médios mais redondo para vocais. Comparado ao Snowball, a vantagem é controle de captação, flat response e flexibilidade de preamp. Em suma, o C-2 é mais “estúdio” que “plug-and-play”, o que pode ser exatamente o que você quer.

Conclusão

Se você procura um kit com dois microfones condensadores e quer gravá-lo limpo, com presença natural e baixo ruído, o Behringer C-2 entrega. Ele não substitui um set completo de estúdio, mas cobre uma quantidade surpreendente de cenários com qualidade suficiente para publicar sem vergonha. O som é honesto, a construção é correta e o conjunto é prático — exatamente o que quem está começando ou otimizando orçamento costuma procurar.

O C-2 em prata une utilidade e estética. Para quem valoriza um visual limpo na bancada e quer um par confiável de condensadores cardioide, é um sim — desde que você lembres do phantom, do pop filter e de um shock mount.