MikroTik Roteador Gigabit Ethernet HEX S com porta SFP (RB760iGS): análise completa

Review detalhada do MikroTik HEX S (RB760iGS)

Nota do revisor: 4,4/5
Prós: SFP gigabit, RouterOS avançada, preço/performance, tamanho compacto
Contras: Sem Wi‑Fi, sem 2.5G, fonte não incluída

Visão geral

O MikroTik HEX S (modelo RB760iGS) é um roteador de mesa focado em conectividade cabeada com performance sólida e o DNA de rede do RouterOS. Ele traz cinco portas Gigabit Ethernet e uma porta SFP, permitindo link de fibra ou módulo óptico compacto para uplink em provedores ou interligação entre prédios. A proposta é simples e direta: entregar roteamento estável, firewall eficiente, QoS/Queue e recursos avançados de rede sem complicar a vida do administrador.

Quem deve comprar

- Provedores e integradores que precisam de uplink SFP confiável para backhaul de fibra,edy diferentes segmentos (PD, vlan, BGP opcional) em ambientes com até centenas de clientes.
- Escritórios e PMEs que desejam segmentação de rede, VPN site‑to‑site, QoS por aplicação e muito controle sem custos corporativos pesados.
- Home labs e redes pessoais que valorizam RouterOS, rotas estáticas, DHCP server/relay, VRRP, e o ecossistema de ferramentas do MikroTik.

Não é ideal para quem busca Wi‑Fi integrado, portas 2.5G/10G ou um appliance “plug‑and‑play” sem configuração — nesse caso, vale olhar modelos com wireless ou switches de maior porte.

Design e construção

O HEX S segue a linha “mini‑torre” da MikroTik, com carcaça metálica e resfriamento passivo. É discreto, silencioso, e fácil de разместить em bancadas, racks simples ou atrás de TVs em ambientes de trabalho. A atenção fica nas cinco portas Gigabit mais a SFP na frente, todas com LEDs de atividade e speed. A recomendação oficial de operação é até 60 °C, o que dá tranquilidade para locais com ventilação menos generosa.

  • Alimentação: DC jack 12–57 V (oito pinos) + PoE‑in passivo (até ~57 V); USB‑C 5 V para uso auxiliar (não para PoE‑in).
  • Fonte não acompanha a unidade — planeje adquirir um adaptador 24 V/1.2 A ou outro conforme sua topologia PoE.
  • Chassis metálico com design limpo e LED de status discreto.

Recursos e sistema (RouterOS L4)

O RouterOS L4 habilita um conjunto amplo de recursos de rede, suficientes para a maioria dos cenários de provedores, escritórios e redes residenciais avançadas:

  • Roteamento estático, ECMP, Policy‑Based Routing; VRRP para alta disponibilidade simples.
  • Firewall stateful com filter/nat/mangle; proteção básica DDoS/port scan; listas de acesso.
  • QoS e Queue por IP, porta, DSCP, protocolo; controle de banda e priorização.
  • DHCP server/relay; DNS cache/proxy; NTP client; SSH/Winbox/WebFig/API.
  • VPN (IPsec, OpenVPN, L2TP/PPTP), GRE/EoIP, WireGuard via pacote opcional; pontos de Tunel flexíveis.
  • Monitoring: graphing, logging, Tools (ping, traceroute, torch, netinstall) e profiles de configuração.
  • SFP: compatível com transceivers 1G, módulos DAC e fibras monomodo/multimodo (consulte a lista de módulos suportados do fabricante).
  • Switching: hardware offload (quando suportado) para bridging; ou bridging por software para recursos avançados.

Recursos em destaque da porta SFP

  • Uplink de fibra para provedores que entregam GPON/EPON, BNG ou distribuição com ópticas.
  • Interligação entre prédios via fibra (ex.: MC‑B, MC‑F) e switches de acesso em其它 pisos.
  • Compatível com SFP 1G (LC ou pigtail conforme módulo), útil para enlaces curtos e longos com orçamento de potência adequado.

Dica: Verifique a lista de transceivers SFP suportados e/ou realize teste de interoperabilidade no ambiente antes de ir a produção.

Cenários de uso

- Provedor (FTTH): usar a SFP como upstream de fibra (cidade/nas) e as portas Gigabit para distribuição de assinantes (QoS, rate limit, VLANs).
- Escritório: Wan por SFP, LAN nas 5 portas, OpenVPN ou IPsec para matriz; DNS/QoS e firewall segmentado por departamento.
- Residencial avançado: Wan SFP (quando há FTTH), bridge/PPPoE, port‑forwarding, VPN, e controle parental via firewall/mangle.

Pontos fortes

  • Porta SFP gigabit para fibra — flexibility de uplink sem dependência de mídia específica.
  • RouterOS completo em um box compacto; curva de aprendizado recompensada por recursos e estabilidade.
  • Boa relação preço/performance para cenários cabeados, com recursos profissionais.
  • Montagem em mesa, rack simples ou parede; resfriamento passivo e operação silenciosa.

Limitações e pontos de atenção

  • Sem Wi‑Fi integrado; rede sem fio pede access points dedicados ou outro produto com wireless.
  • Sem portas 2.5G/10G; para uplinks >1G será necessário switches/roteadores com multigig.
  • Fonte DC não inclusa; considere adquirir 24 V/1.2 A ou usar PoE‑in com injetor compatível.
  • Desempenho real depende de configuração, links SFP e features de bridge/QoS em uso.

Comparativo rápido

  • HEX S vs. hEX (RB750Gr3): sem SFP no hEX; HEX S adiciona fibra e o mesmo nível RouterOS (L4), ideal para FTTH/fiber uplink.
  • HEX S vs. hEX S (RB760iGS‑S+ac): “S+ac” traz Wi‑ac, porta SFP e duas portas 2.5G em um корпус similar; preço maior e consumo ligeiramente superior.
  • HEX S vs. hAP ac³: ac³ tem Wi‑ac, 2.5G WAN, 5 portas Gigabit e USB; HEX S é mais direto para SFP e cenários cabeados, sem wireless.

Conclusão

O MikroTik HEX S é uma aposta segura para quem valoriza conectividade cabeada robusta, porta SFP e a flexibilidade do RouterOS em um formato compacto. Ele não tenta ser “o tudo” — e é exatamente por isso que cumpre muito bem seu papel: roteamento, firewall, QoS, VPN e integração com fibra, com bom custo‑benefício e operação silenciosa.

Se você precisa de Wi‑Fi, 2.5G ou 10G, o mercado tem outras opções dentro do portfólio MikroTik. Mas, se o seu foco é rede cabeada com SFP gigabit e controle profissional sem complicar, o HEX S entrega o essencial e ainda deixa margem para evoluções de topologia com bastante tranquilidade.

Resumo final

  • Melhor para: provedores, PMEs e redes residenciais avançadas com necessidade de SFP e RouterOS completo.
  • Evite se: precisa de Wi‑Fi integrado, 2.5G/10G ou uma solução 100% plug‑and‑play.
  • Nota final: 4,4/5 — excelente custo‑benefício na categoria cabeada com SFP.