Review do Monitor de Referência Estúdio JBL 306P MkII – Ativo (Unidade)

O JBL 306P MkII é um dos monitores mais populares e reconhecidos da categoria de nearfield ativo. Se você está montando um estúdio caseiro,um projeto de pós-produção ou precisa de um monitor confiável para mixing e masterização iniciante, este modelo promete entregar uma sonoridade neutra, controle na resposta de graves e, sobretudo, consistência em diferentes ambientes.

O que você recebe na caixa

  • Monitor ativo (uma unidade)
  • Cabo de energia
  • Guia rápido de instalação

Construção e design

Com 6,5 polegadas no Woofer e 1 polegada no Tweeter de domo macio, o 306P MkII tem acabamento fosco, porte compacto e controles na parte traseira. O visual é sóbrio, com duto Slipstream na frente que ajuda a流análise de graves e reduz ruído de turbulência. A estrutura é robusta para o uso intenso de estúdio, e o gabinete segue a tradição de monitores ativos da JBL, com boa blindagem e merasa proper. Ideal para mesas de trabalho de 1,20 m a 1,50 m, sem ocupar espaço desnecessário.

Conectividade e controles

Na seção de entrada, você tem XLR e TRS 1/4”, o que cobre a maioria de interfaces de áudio, mesas de mistura e conversores. Os controles de calibragem são essenciais para adaptar o monitor ao ambiente:

  • LF Trim (−2 dB / 0 dB / +2 dB): ajusta a presença dos graves
  • HF Trim (−2 dB / 0 dB / +2 dB): ajusta o brilho e a definição nas altas frequências
  • Boundary Filter (on / off): compensa posicionamento contra parede ou em estante

Sonoridade: o que esperar

O 306P MkII se destaca por sua linearidade. As frequências médias estão honestas, sem “mascarar” o que realmente está acontecendo na mixagem. O Image Control Waveguide cria uma imagem estéreo convincente e um “sweet spot” amplo, facilitando decisões em panning, reverb e elementos de espacialização.

Nos graves, o desempenho é tighter que competidores da mesma faixa. O duto Slipstream contribui para um baixo controlado, com impacto e definição, sem alargar demais a resposta. Atinge 47 Hz com variação de ±3 dB e desce até cerca de 39 Hz a −10 dB — suficiente para eletrônicas, hip-hop, pop e trilhas orquestrais sem precisar de subwoofer imediato.

Nos agudos, o refined high-frequency response evita berlebihos e mantêm a transparência. Você consegue identificar com clareza digitais como “esses” e “sibilância”, além de texturas de pratos, revertbs e ambiências sem cansar o ouvido.

Especificações resumidas (por unidade)

  • Configuração: 2-way ativo, biamplificado
  • Drivers: 6,5” (LF) + 1” (HF) domo macio
  • Potência total: 112 W (Class-D)
  • Resposta de frequência: 47 Hz – 20 kHz (±3 dB)
  • Nível máximo de pressão sonora: 112 dB SPL (pico)
  • Entradas: XLR e TRS 1/4”
  • Controles: LF Trim, HF Trim, Boundary Filter (on/off)
  • Alimentação: 100–240 V, 50/60 Hz
  • Dimensões e peso: compactos e práticos, adequados para escritórios e estúdios residenciais

Quem deve comprar

Se você está começando, ou mesmo se já tem experiência e quer um monitor de referência com ótima relação custo-benefício, o 306P MkII é um investimento inteligente. Producers de pop, eletrônica, rap, trilhas e até engenheiros de áudio que atuam em podcasts e livestream encontrarão neste modelo um companheiro confiável para mix e masterização em salas menores a médias.

Comparação rápida com concorrentes

  • vs KRK Rokit 6 G4: 306P MkII é mais linear e menos “colorido”, ideal para quem prefere neutralidade. Rokit pode agradar quem gosta de “grau” extra nos graves.
  • vs Yamaha HS5: Ambos são neutros. 306P MkII tende a oferecer graves mais “firmes” e imagem estéreo mais ampla; HS5 é bastante transparente, com um grave um pouco mais suave.
  • vs Adam T5V: T5V tem um tweeter ART de alta resolução, bom em agudos. 306P MkII compensa com um conjunto mais robusto de calibragem de ambiente e, no geral, uma curva mais previsível em salas não tratadas.

Prós e contras

Prós

  • Neutro e confiável para mixagens consistentes
  • Imagem estéreo ampla, com “sweet spot” generoso
  • Controles de ajuste finos para diferentes ambientes
  • Conectividade padrão profissional (XLR/TRS)
  • Grave controlado sem “boom” excessivo

Contras

  • Não atinge frequências muito abaixo de 40 Hz com autoridade; para subgrave profundo, considere um subwoofer
  • Não oferece conexão Bluetooth ou funções “smart” (foco total em áudio analógico)

Dicas de posicionamento e calibração

  • Deixe os monitores em triângulo equilátero com sua cabeça (1,20–1,50 m de distância)
  • Evite cantos e superfícies refletivas; use o Boundary Filter quando colocar próximo à parede
  • Comece com LF/HF em 0 dB e ajuste conforme acústica da sala
  • Use tratamentos básicos (espumas nas primeiras reflexões) para stabilizar o campo sonoro
  • Faça burn-in moderado (~20–30 h) para o speakers “abrir” e atingir performance típica

Considerações finais

O JBL 306P MkII (unidade) é uma escolha sólida e madura para quem valoriza confiabilidade e transparência. Ele não tenta impressionar com graves inflados ou agudos brilhantes além da medida; em vez disso, entrega o que você precisa para tomar decisões de mix com segurança, mesmo fora de estúdios com tratamento acústico profissional.

Se a sua sala é pequena a média, você quer monitorar sem surpresas e ainda ter ferramentas para adaptar o som ao ambiente, este modelo tende a ser um “fefenu” que funciona bem em múltiplos cenários. Na maioria das situações, uma unidade já entrega referência clara para Solo e detalhes de micro-dinâmica; para estéreo e imagem espacial, considere adquirir o par — e, se for necessário, um subwoofer para complementar a extensão de subgrave.