Review: Placa-Mãe Gigabyte B650M D3HP (AM5, DDR5, HDMI, DisplayPort, USB 3.2, M.2)

A Gigabyte B650M D3HP entrega um ponto de equilíbrio muito interessante para quem quer montar um PC moderno em AMD sem gastar uma fortuna. Com soquete AM5, suporte a DDR5, PCIe 4.0, conectividade USB 3.2 generosa e slots M.2 prontos para SSDs rápidos, ela entrega base sólida para processadores Ryzen da linha 7000. Abaixo, entenda onde ela brilha e onde é preciso tomar decisões cuidadosas.

Primeiras impressões e construção

O conjunto é enxuto, com layout limpo e dissipadores discretos sobre VRM. Instalação simples: o soquete AM5 fica bem posicionado e há espaçamento adequado para coolers grandes. Os slots de memória têm travas nas duas extremidades, facilitando a troca com a placa já no gabinete.

A compatibilidade com DDR5 é um destaque. Em Dual Channel, a performance se mantém consistente em perfis EXPO até velocidades médias, com boa estabilidade para uso cotidiano e até overclock moderado. O PCB é robusto o suficiente para builds de médio porte, sem exageros.

Conectividade e slots de expansão

  • Um slot PCIe 4.0 x16 para a placa de vídeo, protegido por uma blindagem reforçada.
  • Um slot PCIe 3.0 x1 para placas adicionais (Wi‑Fi, captura, som, etc.).
  • Dois slots M.2: um PCIe 4.0 (ideal para SSD NVMe) e outro PCIe 3.0.
  • Sata III: quatro portas para HDs/SSDs 2,5" e 3,5".

Vídeo e portas I/O

Na painel traseiro, há HDMI 2.1 e DisplayPort 1.4, ótimos para uso com Ryzen com Radeon integradas. A salida de vídeo é suficiente para montar um PC de entrada sem placa dedicada, mas, claro, se você quiser jogar, uma GPU dedicada continua essencial.

Entre as portas USB, a placa oferece USB 3.2 Gen 1 (5 Gb/s) em bom número e USB 3.2 Gen 2 (10 Gb/s) em pontos estratégicos. Para quem trabalha com periféricos e armazenamento externo, é uma combinação prática e moderna.

Áudio e rede

O áudio integrado usa um codec de qualidade adequada para uso geral e entretenimento. Não espere um cenário de audiófilo, mas para jogos, filmes e calls, cumpre bem o papel.
Na rede, temos Gigabit Ethernet padrão, que atende bem a maioria dos cenários. Para Wi‑Fi 6E ou Bluetooth 5.3 mais recentes, é comum optar por um módulo M.2 dedicado ou um adaptador USB, caso precise de conexão sem fio e recursos extras.

BIOS e experiência no dia a dia

O BIOS é objetivo, com seções bem organizadas para memória, armazenamento e overclock. A ativação do EXPO nos módulos DDR5 é simples, e a plataforma B650 costuma oferecer ótima estabilidade em perfis mais conservadores.

Para quem quer explorar um pouco mais, há margem para ajustes em tensão e frequências, mas vale lembrar: esse modelo prioriza o equilíbrio. Se o foco é turbear ao máximo, chipsets topo de linha costumam oferecer mais recursos.

Para quem é indicada

Esta placa-mãe é excelente para:

  • Montagens de entrada e intermediárias com Ryzen AM5.
  • Usuários que querem DDR5 e PCIe 4.0 sem pagar o preço de modelos high‑end.
  • Builds que priorizam espaço no setup, já que o formato mATX é versátil.
  • Quem usa GPU dedicada e não precisa de recursos extremos de overclock.

Prós

  • Conjunto moderno: AM5, DDR5, PCIe 4.0 e M.2.
  • Vídeo integrado com HDMI 2.1 e DisplayPort 1.4.
  • Boa variedade de portas USB 3.2.
  • Preço costuma ser competitivo para sua proposta.
  • Instalação e BIOS amigáveis para iniciantes e intermediários.

Contras

  • Rede cabeada apenas em Gigabit (sem Wi‑Fi/bluetooth nativo na maioria das versões).
  • VRM suficiente para ouso geral, mas não a melhor escolha para overclock extremo de CPU.
  • Slots de expansão limitados pelo formato mATX.
  • Portas USB 3.2 Gen 2 podem ser em número menor comparado a placas maiores.

Conclusão

A Gigabyte B650M D3HP é uma escolha inteligente para quem busca uma base sólida e custo‑benefício com a plataforma AM5. Ela equilibra recursos essenciais de forma competente, entrega boa experiência no dia a dia e suporte a DDR5 sem complicar a vida do usuário.

Se você precisa de muito I/O, recursos avançados de áudio ou quer aller muito além em overclock, existem opções mais robustas. Mas, para a maioria dos cenários — trabalho, estudo, entretenimento e até jogos com GPU dedicada — ela atende muito bem e cumpre o que promete.