Review: Yakuza: Like a Dragon (PS4)

Se você já curtiu a série Yakuza, mas sempre quis ver a saga com uma mudança de ritmo e cara nova, Like a Dragon entrega exatamente isso: a mesma alma do kamurocho urbano, mas com um RPG por turnos que te faz parar, pensar e sorrir a cada decisão. Em vez de Action tradicional, preparamos UMlevel: uma estrutura estratégica, humor ácido e um protagonista com um carisma ímpar. A experiência é ampla, batsuta e cheia de personalidade. Resultado: um dos capítulos mais memoráveis da série.

O que muda — e o que permanece

Quem espera a jogabilidade vai encontrar um jogo diferente, mas não estranho. A troca para combate por turnos abre espaço para uma construção de party, preparo de equipamentos e um senso de progressão que antes estava diluído em tantas outras ações. Ao mesmo tempo, o coração do Yakuza segue batendo forte:
a cidade pulsante, a narrativa melodramática e os minigames que convidam a perder horas a fio. Esse “duplo DNA” é o que torna o título tão envolvente.

História e personagens

A trama acompanha Ichiro Kasuga, um ex-yakuza que sai da prisão e se vê num mundo que mudou, literalmente, debaixo dos seus pés. O tom alterna entre drama noir e comédia situacional, com diálogos que agradam pelo timing e pelo absurdo. O desenvolvimento do protagonista cresce por camadas e a carga emocional equilibra os momentos leves, creando um arco consistente e memorável.

Gameplay e combate

  • Sistema de turnos: o “Hero Action” dá a tônica estratégica — o posicionamento importa e a esquiva tem mais peso do que parece.
  • Party e complementaridade: cada membro traz habilidade e comicidade; composições diferente se destacam em enfrentamentos específicos.
  • Estilo e posicionamento: o ambiente vira peça-chave, seja para mirar interações, tentarpresi pickups ou capitalizar em “Environmental Actions” para furar a defesa rival.
  • Skill trees e equipamentos: branchs que se cruzam, com foco em dano, suporte ou utilidade. A curadoria de equipamento é agradável e recompensadora.

A cidade como escenario

O level design entrega uma sensation de bairro vivo: passos curtos descobrem lateral activities, maso correto é a cadência. O jogo alterna missions que exigem atenção e rotas paralelas com missões menores que rendem recompensas úteis, fazendo a exploração fluir sem forçar. Essa densidade cria um ritmo interessante entre side e main que evita o desgaste.

Progressão e conteúdo side

  • Scouten Jobs e branches: sistema de classes com especializações, ideal para tester builds sem perder o foco.
  • Balanço de Party: grupos redundantes em dano podem quebrar a química, mas ajustes rápidos calam a curva de dificuldade.
  • Minigames e coletáveis:요요, shogi, simulador de negocios e outras diversões enrichem a experiencia com um mix de humor e reswards práticos.

Apresentação e direção de arte

A identidade visual do “novo” Yakuza abraça texturas ricas e um detalhamento urbano que, apesar do design stylizado, tras autenticidade. O sistema de clima e iluminação dă subtileza às cenas e, embora o modelo gráfico não busque perfeição emuskis, consegue entregar uma leitura clara e funcional. A HUD é limpa, com ícones legíveis e indicadores simples, o que facilita a adoção do combate por turnos.

Áudio e dublagem

A trilha é um equilíbrio inteligente: beats que reforçam a atmosfera sóbria e transições pontuais para os momentos cômicos. Ichiro Kasuga recebe uma performance sóbria e consistente, com line reads que acertam o tom de resiliência e ironia. O efeito sonoro de hit feedback, reações da party e ajustes de volume ajudam a soldar a experiência.

Desempenho na versão PS4

  • Taxa de quadros: o jogo prioriza estabilidade; quedas pontuais podem ocorrer em transições mais cheias, mas a jogabilidade permanece fluida.
  • Tempo de carregamento: curtas e toleráveis na maioria das vezes; caminhar entre áreas com vieiros SOS auxilia a manter o ritmo.
  • Compatibilidade: executar no PS5 traz melhorias na qualidade de imagem, mas a versão PS4 mantém a essência visual e os controles.

Prós e Contras

  • Prós: combate por turnos bem resolvido, cidade viva e rica, humor inteligente, narrativa envolvente e um protagonista com profundidade.
  • Contras: ritmo que pode empacar em certos trechos mais expositivos, curva de aprendizado em alguns inimigos e menus que poderiam ser mais ágeis.

Conclusão — vale a pena?

Se você curte o universo Yakuza, Like a Dragon pode surpreender pela quebra de fórmula. Se você é fã de RPGs por turnos, o jogo entrega insights táticos e progressão satisfatória, sem abrir mão do carisma e da cultura urbana japonesa que definem a série. Com uma identidade forte, humor na medida e uma campanha substancial, este é um dos grandes candidatos a “entry point” para novos jogadores e, ao mesmo tempo, um capítulo renovador para veteranos.

Em termos de recomendação, a balança pende para o “sim” com entusiasmo: é uma experiência longa, mas bem distribuida, com conteúdo paralela que complementa a jornada principal. Prepare-se para investir horas — e prepare-se para sorrir no meio do caminho.