Review: Jogo Days Gone, PS4

Days Gone chegou ao PS4 com a promessa de unir a Solidão de um mundo pós‑apocalíptico, a cadência de uma narrativa “de estrada” e um open world que realmente evolui com suas ações. O resultado é um título irregular, mas marcante: há momentos de brilhantismo, quedas de ritmo e, por fim, uma sensação genuína de que o mundo não espera por você — e isso é parte do seu charme.

História e Personagens

Você é Deacon St. John, um ex-motociclista tentando sobreviver e manter os vínculos humanos que ainda importam. A história mistura drama pessoal (o luto, a lealdade aos amigos) com o choque de uma sociedade em colapso. Há foco em relacionamentos complexos e decisões difíceis, ainda que a linha narrativa nem sempre sustenta o mesmo nível de tensão.

Os diálogos funcionam melhor nos momentos de respiro — quando o motoqueiro cruza rotas secundárias, encontra viajantes e observa o mundo se reconfigurando. O arco do antagonista NERO é irregular, mas a construção de um Oregon “vivo” compensa parte das oscilações do roteiro.

Mundo Aberto e Atmosfera

Oregon em Days Gone é expansivo e, mais importante, reativo. A ciclo de dia/noite afeta o comportamento das hordas de Freakers e a densidade de ameaças. Ruínas de postes de luz,old sombras, nevoa e mudanças de clima dão a sensação de que o mundo respira e evolui — não apenas serve de cenário.

  • Biomas variados: planícies, florestas, montanhas e pântanos.
  • Ambiente reativo: som e luz atraem hordas; passagens bloqueadas por “storms” de cinzas.
  • Caos orgânico: NPCs com agendas próprias e eventos que surgem durante a exploração.

Gameplay: Sobrevivência, Moto e Combate

O loop central do jogo equilibra gestão de recursos, exploração e ação. A motocicleta não é apenas meio de transporte: é parte da sua identidade e survival kit. Combustível, peças, estamina, odômetro — tudo exige planejamento. O mínimo esquecimento pode transformar uma corrida promissora em uma fuga desesperada.

Sobrevivência e Crafting

Coletar materiais, priorizar melhorias e manusear kits de curativo entregam um ritmo tenso. A progressão se apoia em microdecisões: guardar ferro para um motor, ou gastar com munição? Escolhas assim sustentam a imersão.

Moto e Mobilidade

A bike é ágil, personalizável e essencial. O manejo evolui com o tempo, e a liberdade de choosing trajeto — rodar por rodovias, trilhas ou atalhos — torna cada viagem uma experiência distinta. O erosão e a pressão de combustível mantêm aанташа constante.

Combate e Táticas

Entre humanos e Freakers, a diferença de abordagem é radical. Contra ferais, stealth, luz, ruído e timing são decisivos. Com bandos humanos, cobertura, distância emunição têm mais peso. O sistema é simples, mas se torna competente quando você combina ambientes, clima e recursos.

Mecânicas Avançadas

  • NERO: pontos de pesquisa e injeções que afetam stamina, saúde e uso de听取.
  • Ambiente reativo: simulações que não resetam ao reload, criando pressão persistente.
  • Progressão assíncrona: morros/marker de “hordas” que escalam conforme o jogador avança.

Progressão e Estrutura

Missões principais e secundárias fluem entre剧情 e worldbuilding. A progressão libera poderes, melhorias de moto e acesso a áreas mais desafiadoras. A ideia de “hordes” progressivas é forte, ainda que a variedade de encontros às vezes caia em padrões repetitivos.

Performance e Qualidade de Vida

Para console, o compromisso com o open world exige concessões. Há quedas de framerate em zonas densas e solavancos ao cargar — especialmente no PS4 original. Mesmo assim, o jogo evoluiu bem via patches, e a estabilidade geral melhora com o tempo. Recursos como controle de dificuldade e opções de acessibilidade ajudam a moldar a experiência ao seu estilo.

Prós e Contras

Prós

  • Identidade clara: survival, narrativa de estrada e caos mundial se conectam.
  • Mundo vivo: ciclo dia/noite e clima moldam a jogabilidade.
  • Motocicleta como extensão da estratégia, não só de transporte.
  • Hordes de Freakers como ameaça imersiva e escalável.

Contras

  • Curva de ritmo com vales nas sequências mais dialogadas.
  • IA humana às vezes inconsistente e visuais nem sempre aprimorados.
  • Dependência de recursos que podem gerar atrito nos primeiros capítulos.

Vale a Pena?

Se você curte um mundo que responde ao seu estilo e aceita que o caos faz parte da diversão, Days Gone entrega uma experiência rara: uma odisséia de estrada comaspas de tensão constante. Não é o jogo mais polido do catálogo, mas é marcante, pessoal e, sobretudo, seu. Para fãs de survival, narrativa road‑movie e um PS4 exclusivo com identidade própria, a resposta é sim.