Review: Monitor de Referência para Estúdio 70W RMS HS5 — Yamaha

Se você está montando seu primeiro estúdio ou buscando monitores confiáveis para mix e master, o Yamaha HS5 é um nome que inevitavelmente aparece na conversa. Com 70W de potência total (45W para owoofer e 25W para o tweeter), conefação de 5” + dome de 1”, resposta de 54Hz a 30kHz e entradas XLR/TRS, o HS5 promete neutralidade, headroom e o famoso “som de estúdio” da linha HS. Mas, na prática, como ele se comporta?

Visão geral

  • Potência: 70W RMS (45W LF + 25W HF)
  • Drivers: Woofer 5” (cone) + Tweeter 1” (dome)
  • Resposta em frequência: 54Hz – 30kHz (-10dB)
  • Crossover: 2kHz
  • Entradas: XLR e TRS Phone (balanceados)
  • Sensibilidade/controle: Volume central, switches Room Control e HIGH TRIM (±2dB)
  • Gabinete: MDF com porta bass-reflex frontal
  • Peso: aprox. 5,5 kg

Build e design

A Yamaha entrega uma construção robusta, com gabinete em MDF e acabamento fosco que reduz reflexos indesejados. A porta bass-reflex frontal favorece posicionamentos mais próximos da parede, uma vantagem em estúdios compactos. O HS5 é bi-amplificado: cada driver tem seu próprio amplificador, resultando em dinâmica firme e menos distorção sob esforço.

Som e desempenho

Em termos de timbre, o HS5 é conhecido por sua neutralidade e transparência. O médio é limpo e estável, o grave não “empurra” em excesso (como acontece em woofers maiores, naturalmente) e o agudo tem extensão sem cansar — mas cuidado: em salas com acústica desfavorável ou sem tratamento, a região de 2–3kHz pode parecer um pouco presentes. Os switches Room Control e HIGH TRIM ajudam a domar essas frequências em ambientes reativos.

Configurações e conexão

  • Conecte via XLR ou TRS balanceados ao seu interface/console.
  • O Volume central é prático para ajustes rápidos sem mexer no nível de saída da interface.
  • Room Control: atenuação leve nos médios/graves para salas “live”.
  • HIGH TRIM: ajuste fino no agudo; útil para compensar tremedeiras ou clareza em excesso.

Posicionamento e acústica

Como a maioria dos monitores de 5”, o HS5 beneficia de suporte decente e ângulo orientado ao ouvinte. Triângulo equilátero, tweeters à altura dos ouvidos e distância de parede compatível com o projeto acústico. Em salas pequenas, a porta frontal dá margem para posições mais versáteis — ainda assim, trate a acústica: painéis absorvedores nos pontos de reflexão primária e bass traps nos cantos tendem a oferecer o melhor do HS5.

Para quem é

  • Home studio e estúdios compactos que buscam neutralidade com custo/benefício sólido.
  • Produtores que mixam gêneros com bastante合成元素 e precisam de médios estáveis.
  • Estudantes de áudio que querem um “padrão de referência” confiável.

Onde o HS5 brilha e onde pedir cuidado

  • Brilha: mixagem vocal, instrumentos acústicos, EDM leve e master de baixa a média potência.
  • Pedir cuidado: produções com graves profundos extensos podem exigir subwoofer; ambientes sem tratamento podem enfatizar o médio-agudo.

Comparações rápidas

  • HS7: woofer de 6,5” oferece maior extensão e impacto no grave; escolha se o grave for crítico.
  • KRK Rokit 5 G4: som mais “V-shaped”, graves mais presentes; ótimo para Alk, mas menos neutro para referência.
  • JBL 305P MkII: graves ligeiramente mais presentes, agudo com mais brilho; boa opção para quem curte definição no topo.

Prós e contras

Prós

  • Neutralidade e transparência de médios/agudos.
  • Bi-amp confiável e bom headroom para estúdio.
  • Construção sólida e porta frontal facilitando o posicionamento.
  • Controles práticos de Room Control e HIGH TRIM.

Contras

  • Grave limitado em SPL e extensão quando comparado ao HS7.
  • Em salas sem tratamento, a região de médios pode ressaltar.

Veredicto

O Yamaha HS5 é um monitor de referência competente, especialmente para home studios e profissionais que priorizam neutralidade com praticidade de uso. Se você busca um “ponto de partida” confiável para mix e master, o HS5 cumpre o papel com solidez — desde que você trate a sala e use o cartão de ajustes certa. Para graves mais profundos ou projetos em alta pressão sonora, considere o HS7 ou um subwoofer complementando o setup.

Em suma: rápido, transparente e previsível. Se isso faz sentido para seu fluxo de trabalho, o HS5 provavelmente será uma escolha certeira.