Monitor de Referência Yamaha HS5 70W RMS Preto — review completo

Quando o assunto é mixagem e masterização, o monitor que você usa é literalmente o seu “olho” no som. O Yamaha HS5 é um dos modelos mais reconhecidos em estúdios pelo mundo todo e segue como escolha recorrente entre profissionais e entusiastas que buscam uma referência neutra e confiável. Com 70W de potência RMS, Woofer de 5” e Tweeter de dome de 1”, o HS5 se posiciona como um nearfield de midfield: versátil, direto e com o famoso “YAMAHA sound” que já foi a base de incontáveis clássicos.

Vamos mergulhar nos detalhes que realmente importam, do design e conectividade à performance sonora e como colocá-lo no seu setup para extrair o melhor dele.


Yamaha HS5 em 60 segundos

  • Bi-amp: 45W (grave) + 25W (agudo), total 70W RMS
  • Woofer 5” + Tweeter 1” com montagem em guias de onda (Waveguide) para imagem estéreo estável
  • Resposta de frequência: 60 Hz – 30 kHz (-10 dB) / 74 Hz – 24 kHz (±3 dB)
  • Conectores XLR e TRS (P10) 1/4” balanceados na entrada
  • Controles: LEVEL, HIGH TRIM (±2 dB) e ROOM CONTROL (4 posições)
  • Reflexo de graves rear (bass reflex) e конструкция robusta de MDF com acabamento fosco
  • Peso e dimensões (W × H × D): 170 × 285 × 222 mm, aproximadamente 5,5 kg
  • Construção:woofer de cone, guias de onda especiais para 控制 da directividade

Design e construção

O visual do HS5 é discretamente profissional. A caixa em MDF com acabamento fosco ajuda a reduzir reflexos desnecessários na superficie, o que contribui para uma imagem mais limpa. O design com tweeter ligeiramente offset e o guia de onda aumentam a precisão e a estabilidade da cena estéreo — você percebe um foco bom no centro e separação eficiente entre os elementos.

Os controles estão no painel traseiro, o que é excelente para manter a frente limpa e a ergonomia de uso simples. Dois pontos que agradam em qualquer estúdio:

  • ROOM CONTROL: reduz o excesso de graves quando o monitor está próximo a paredes ou cantos.
  • HIGH TRIM: ajusta presença de agudos conforme o ambiente ou o material que você está mixando.

Conectividade e ergonomia

No painel traseiro, você encontra a entrada XLR e TRS (P10 1/4”) balanceadas, ideais para interfaces de áudio, mesas analógicas e processadores. A chave de energia e o indicador de funcionamento também ficam na parte de trás, um pequeno detalhe de layout que evita confusão durante a sessão. A ventilação do amplificador é suficiente e silenciosa, característica que faz diferença em longas sessões de trabalho.


Performance sonora: o que esperar

O HS5 é conhecido por um som “educado” e consistente. Vamos divididos em faixas:


Graves e subgraves

O Woofer de 5” entrega um baixo controlado, sem aquela “ressonância” de sala comum em caixas de polimento mais agressivo. O ponto de corte de 60 Hz (quando especificado) oferece uma base razoável, mas não的那种 extensão profunda de um subwoofer. Em estilos que pedem impacto no kick e nos graves (EDM, hip-hop, pop com low-end proeminente), a adição de um sub pode elevar o realismo e melhorar o julgamento de mix. Sem sub, o HS5 ainda se comporta muito bem — você só precisa aprender a “escutar” 60 Hz como se fossem ~40–45 Hz no mundo real.


Meios e presença

Os médios são onde o HS5 realmente brilha. Neutros, lineares e com uma leve característica “clara” que facilita identificar problemas em vocais, synths e instrumentos de percussão. Esse foco meio/agudo ajuda a mixar semersubir o volume em excesso para “ouvir detalhes”. Se você está acostumado a monitores com médios mais “gordos”, pode levar um dia ou dois para adaptação, mas o payoff é maior precisão e mix mais compatível com sistemas do mundo real.


Agudos e air

Os agudos são suaves e不会出现 “sibilância” desnecessária, mas conservam o ar suficiente para avaliar a clareza geral da mixagem. O ajuste HIGH TRIM é útil para ambientes muito dead ou live — use-o com parcimônia. A ideia é acertar a tonalidade para o ambiente, mantendo a referência do monitor estável.


Imagem estéreo e soundstage

Graças ao guia de onda, a estabilidade de estéreo é uma das forças do HS5. A centralidade é firme e o palco sonoro tem profundidade honesta, permitindo que vocêposicionar elementos com confiança. A transiência tem resposta rápida, o que é ótimo para avaliar o ataque de baterias, guitars e grooves. Em mixagens densas, você percebe separação sem “sumir” no meio da mix.


Yamaha HS5 vs. alternativas populares

  • Yamaha HS7: mais peso nos graves e maiorwoofer (6,5”), caso seu estilo e ambiente peçam “underbelly”.
  • Yamaha HS8: subgrave mais profundo ewoofer de 8”, mas o custo e o tamanho são maiores.
  • Adam Audio T5V/T7V: agudos com mais brilho, preço competitivo, cena estéreo boa; meio pode soar levemente diferente do HS5.
  • JBL 305P MkII: graves com punch, design mais moderno, resposta rápida; médios podem ter coloração própria.
  • KRK Rokit 5/7 G4: som mais “colorido”, útil para reference check; pode exigir curadoria para trabalho crítico.
  • Focal Alpha 50/65 Evo: médios naturais e agudos detalhados; custo mais alto, mas comum em estúdios exigentes.

Como usar o HS5 no seu estúdio

A instalação é direta: conecte XLR ou TRS à sua interface ou mesa, posicione os monitores em altura de ouvido, formando um triângulo equilátero com a sua cabeça. A distância típica é entre 1,0 e 1,5 m. Se o monitor ficar muito perto de paredes, ative ROOM CONTROL para controla a energia no grave. Em salas “vivas”, experimente o HIGH TRIM negativo (-1 a -2 dB) para evitar excesso de presença.

Para gravar voces, separe o monitor da cápsula do microfone para evitar realimentação. Use sempre em par estéreo para avaliar balance, mix stereo e compatibilidade com fones de ouvido e sistemas externos.


Quem deveria escolher o HS5?

Indicado para:

  • Produtores e engenheiros que precisam de uma referência neutra e confiável.
  • Home studios e salas de tamanho pequeno a médio.
  • Trabalhos que exigem foco em médios e clareza em transientes.

Talvez não seja a melhor escolha para:

  • Estilos musicais com demanda profunda de subgrave e alto SPL contínuo (nesses casos, considere HS7/HS8 ou um sub dedicado).
  • Ambientes muito untreated onde a correção ambiental é fundamental (invista também em tratamento acústico).

Prós e contras resumidos

  • Prós: som neutro e consistente, imagem estéreo sólida, construção robusta, conectividade XLR/TRS, controles úteis de sala.
  • Contras: extensão de subgrave limitada para estilos que pedem impacto extremo, pode exigir sub em setups grandes, o “toque” neutro precisa de familiaridade.

Veredicto

O Yamaha HS5 é, acima de tudo, uma ferramenta de trabalho. Ele não “embeleza” a mix — ele revela o que está lá. Se o seu objetivo é desenvolver ouvido, consistencia e profissionalismo, o HS5 entrega. Para salas pequenas a médias, ele deve ser o candidato principal. Se você busca mais “corpo” nos graves, avalie o HS7/HS8 ou complemente com um sub. De qualquer forma, a leitura será mais precisa, a decisão de mix mais confiante e o resultado final mais compatível com o mundo real.

Em síntese, o HS5 é uma escolha sólida, previsível e eficaz para quem quer mixar com o que “está” no som, e não com o que o monitor gostaria de adicionar.