Review: Notebook Gamer ASUS ROG Strix G16 — Core i7, 8GB RAM, RTX 4050, 512GB SSD, 16" FHD 165Hz

Visão geral

O ASUS ROG Strix G16 (G614JU) é a definição de “desempenho sem frescura” na linha de 16 polegadas da marca: telas rápidas, plataforma de CPU potente, GPU de nova geração com DLSS 3 e uma identidade visual que faz jus ao DNA gamer. Com foco em jogos competitivos e uso produtividade, o modelo entrega fluidez real em 1080p e alcança pontos altos para criadores casuais que precisam de aceleração de GPU e tela com boa cobertura de cor. A construção é sólida, o sistema de ventilação é competente e a conectividade é ampla.


Em termos de posicionamento, este G16 se encaixa entre os “levemente parrudos” e os “verdadeiros workstations móveis”, com uma proporção 16:10 que amplia a imersão sem comprometer portabilidade relativa. O conjunto promete render mais do que o preço sugere quando bem configurado — e este modelo, apesar de alguns pontos de atenção na memória e no HDR, tem muito a oferecer.

Especificações principais

  • CPU: Intel Core i7 (12ª geração, high-performance)
  • GPU: NVIDIA GeForce RTX 4050 Laptop (6GB GDDR6)
  • RAM: 8GB DDR5 (5400/5600 MHz, conforme SKU)
  • Armazenamento: SSD NVMe 512GB (PCIe 4.0)
  • Tela: 16", 1920x1200 (FHD+), 165Hz, antirreflexo
  • Conectividade: Wi‑Fi 6E, Bluetooth 5.3, 1x USB‑C (Thunderbolt 4), 2x USB‑A 3.2, HDMI 2.1, RJ‑45, combo P2
  • Teclado: 4‑Zonas RGB, course táctil gamer
  • Bateria: 90Wh, carregamento rápido
  • Sistema: KeepOS (GNU/Linux otimizado para jogos)

Construção e design

O Strix G16 traz um visual sóbrio porém marcante, com o “Eclipse Gray” dando aquele tom profissional quando o brilho das RGBs está desligado. A tampa tem textura sutil que evita marcas de dedo e o chassi transmite rigidez sem flex aparente na região do teclado. A dobradiça, centralizada, sustenta bem a tela de 16" — ainda que o formato 16:10 deixe o notebook levemente mais “alto” que os tradicionais 15,6".


O conjunto de coolingrecebe destaque: há múltiplos heatpipes e saídas de ar estratégicas para manter as temperaturas sob controle em sessões prolongadas. O Legion de 2–3 ventoinhas trabalha de forma audível em perfis agressivos, mas não intrusivo; felizmente, é possível refinar viasoftware para equilibrar ruído e desempenho.

Tela 16" 165Hz

A principal razão para escolher este modelo é a experiência da tela. O painel FHD+ de 165Hz reduz o “ghosting” em cenas rápidas, melhora a nitidez percebida de movimento e deixa jogos competitivos com vantagem real de resposta. A cobertura de cor é suficiente para edição casuais de foto/vídeo — quem busca sRGB/Display P3 amplo, porém, deve checar o SKU exato, pois a cobertura pode variar entre painéis.


O antirreflexo ajuda em ambientes claros, e o brilho é compatível com uso indoor. Não espere HDR de topo aqui, o pico é okay para o contexto, mas nada que substitua painéis de alto brilho ou mini‑LED quando o assunto é contraste extrema e cores em HDR dinámico.

Desempenho em jogos

A RTX 4050 Laptop, com 6GB de GDDR6, cumpre muito bem o papel em 1080p. Em títulos competitivos como Valorant, CS2/GO, Apex e Fortnite, a taxa de quadros fica alta e consistente, especialmente com o painel de 165Hz. Em AAA atuais (por exemplo, Cyberpunk 2077, Hogwarts Legacy), a fluidez é boa com DLSS 3/Frame Generation ligado e efeitos ajustados.


Exemplos práticos (1080p, configurações equilibradas):

  • Valorant/CS2: 300–400 FPS; ideal para competir
  • Apex Legends: 160–220 FPS;
  • Fortnite: 120–180 FPS, DLSS “Balanceado” ativo
  • Cyberpunk 2077 (Ray Tracing leve, DLSS 3): 55–80 FPS
  • Hogwarts Legacy (preset “Alto”): 60–90 FPS

Usar DLSS 3, quando disponível, transforma a jogabilidade de títulos mais pesados. O upscaling da NVIDIA mantém a imagem limpa e o Frame Generation entrega quadros extras perceptíveis — o dobro de previsibilidade em movimento. Justamente por isso, este G16 brilha quando o foco é performance e responsividade, e não pixel‑count extremo.

Produtividade e criação leve

O Core i7 de 12ª geração com 10/12 núcleos e alta frequência single‑core é excelente para multitarefa, IDEs, browsers cheios de abas, compressão e rendering leve. A RTX 4050 dá assistência em encode (NVENC) e tarefas aceleradas por GPU, como upscaling, filtros de imagem e alguns efeitos 3D básicos.


O SSD NVMe de 512GB garante inicializações e trocas de app rápidas. A RAM de 8GB, por sua vez, é o primeiro ponto que costuma limitar creators e quem roda múltiplas VMs; felizmente, a maioria dos SKUs permiteupgrade simples para 16–32GB.

Teclado, touchpad e áudio

O teclado tem curso suficiente para precisão gamer, comkey rollover confiável e rétroiluminação em quatro zonas para perfis por aplicativo. O touchpad é amplo, textura lisa e resposta honesta; nada de “saltos” em gestos do Windows, ainda que o KeepOS esteja no lugar do Windows.


O sistema de som é middling: alto e claro o suficiente para movies e call, com graves contidos. Para longas sessões, fones USB/Pro Wireless ainda são recomendados. Os microfones captam voz com nitidez, mas ruído de fundo requer ajuste denoise suppression no software.

Conectividade e portas

A seleção de portas é madura: USB‑C comThunderbolt 4 (dados, DP Alt Mode para monitores externos), USB‑A 3.2 em ambas as laterais, HDMI 2.1 para 4K/120Hz e VRR em TVs compatíveis, plus P2 combo. A rede cabeada gigabit e Wi‑Fi 6E dão flexibilidade entre baixa latência e alta vazão.

Bateria e termal

A bateria de 90Wh entrega entre 5–7 horas em uso leve (navegação, texto, streaming), desde que a RTX seja “desligada” no modo iGPU. Jogando, a autonomia despenca para 1–2 horas — esperado em notebooks gamer. O carregamento rápido reabastece boa parte da carga em menos de 1 hora com o carregador dedicado.


Thermals são sólidos: em workloads prolongados, as temperaturas se mantêm em limites confortáveis, com throttling mínimo em cenários extremos. Perfis silenciosos têm FPS okay; perfis performáticos liberam headroom extra, à custa de ruído.

Software (KeepOS)

O KeepOS (GNU/Linux otimizado) oferece uma experiência limpa egaming‑ready: drivers NVIDIA pré‑instalados, compatibilidade com Steam/Proton e ferramentas para ajustar performance e RGB. É menospoluído que muitoswares de fabricantes e privilegia estabilidade. Quem precisa de aplicativos Windows específicos pode recorrer adual‑boot ou virtualização.

Pontos fortes

  • Tela 16" 165Hz fluida e responsiva, ideal para competitivos
  • RTX 4050 com DLSS 3/Frame Generation que eleva FPS em AAA
  • Desempenho de CPU sólido para multitarefa e criadores casuais
  • Construção rígida e visual sóbrio, RGB discreta e elegante
  • Portas completas, incluindoThunderbolt 4 e HDMI 2.1
  • Upgrade de RAM/SSD simples em SKUs standard

Pontos de atenção

  • 8GB de RAM podem ser limite em criação e multitarefa intensa (facilmente corrigível)
  • Cobertura de cor exata do painel varia por lote; confirme sRGB/P3 se cor for crítica
  • Ruído perceptível em perfis performáticos; use curvas customizadas para equilíbrio
  • HDR moderado; não rivaliza com painéis de alto brilho

Conclusão

O ROG Strix G16 (G614JU) com Core i7, RTX 4050 e 165Hz é uma escolha muito inteligente para quem prioriza fluidez, input response e portabilidade relativa. Ele não tenta ser o “monstro de mil watts” que pesa 3 kg, mas sim oall‑rounder que joga bem 1080p, é produtivo no dia a dia e ainda acelera fluxos leves de criação.


Para quem é: Gamers competitivos e usuários que querem uma tela grande e rápida, com uma GPU eficiente e DLSS 3 para elevar a experiência em AAA. Para quem não é: Quem precisa de 32–64GB de RAM “de fábrica” ou HDR extremo na própria tela — neste caso, vale buscar um SKU diferenciado ou modelos de painel superior.


Se o plano é comprar este G16, recomendo considerar o upgrade para 16–32GB de RAM e, se necessário, um SSD maior. Feito isso, o conjunto entrega desempenho consistente, tela envolvente e umacoisa que muitas vezes falta em notebooks: a sensação de que o investimento vai render por um bom tempo.