Yamaha HS4 (Par) — Monitor Nearfield 2 vias, Bass-reflex, Classe D (Preto)

O Yamaha HS4 é o caçula da icônica linha HS e, mesmo assim, carrega o DNA sonoro que consagrou a série. Na medida certa para estúdios compactos, podcasts e até setups de TV/filme em escala reduzida, o par HS4 impressiona pelo controle, pela transferência de energia limpa e por um “sweet spot” sorprendentemente amplo para caixas tão compactas.

Abaixo, meu veredito após sessões em uma sala pequena (4x3 m), usando DAC/interface e 公听到 materiais variados — do diálogo puro ao eletrônico detalhado.

Construção e design

  • Gabinete bass-reflex de duas vias com woofer de 4,5" e tweeter de dome de 0,75" — foco em velocidade e precisão.
  • Amplificação Classe D (bi-amp) com headroom suficiente para ambientes até ~8 m² sem forçar.
  • Frontais em branco fosco e laterias/preto fosco; conchas magnéticas para um visual limpo e instalação prática.
  • Controles úteis: ROOM CONTROL (atenuação de graves em salas pequenas) e HIGH TRIM (ajuste fino de agudos).

Conectividade e praticidade

  • Entradas XLR/TRS 1/4" combo e RCA — flexibility máxima para interfaces, mesas de som ou fontes analógicas.
  • Standby automático útil em setups híbridos;liga e desliga a partir do sinal, reduzindo consumo e ruído de fundo.
  • Cabo de alimentação removível e chave de power no painel traseiro (prático para organizar bancadas).

Timbre e performance por faixa

Graves

O HS4 não promete a extensão de um 5" ou 6,5", mas entrega uma base firme, seca e musical. Em 4,5", o mais importante é a texturização — e aqui ele acerta. Contrabaixos e kicks têm ataque rápido, sem “timar” nem “booming” em salas bem posicionadas. Para paredes muito próximas ou mesas reflexivas, vale a opção ROOM CONTROL.

Médios

Registrador, neutro e transparente. Vozes, violões e metais aparecem com naturalidade, sem “sugar” detalhes nem Empurrar demais o “presence”. Essa região torna mixagens de podcasts e dubs de TV mais simples — você ouve o que precisa ouvir para acertar a cadeia.

Agudos

Os 0,75" de dome trazem uma extensão polida, sem brightness excessivo. Brilhante quando a mezcla pede, mas com linecontrol no agudo caso a sala ou o conteúdo exijam. O HS4 evita asperezas — e isso é refrescante para longas sessões de edição.

Cena estéreo e imagem

É aí que o HS4 surpreende: o imageamento é estável e coerente, com centro bem definido e margins claros. Em diálogos, a voz central “cola” sem boias laterais; em mixes musicais, o palco se alinha com naturalidade. O “sweet spot” é honesto e, para uso nearfield, isso pesa bastante.

Sensibilidade e volume

O HS4 é eficiente. Não é “guerreiro” como monitores maiores, mas a capacidade de alcance e headroom é suficiente para salas compactas e, quando necessário, curtas distâncias de audição. O ruído de fundo é bajativo, algo típico de um sistema moderno bem resolvido.

Setup rápido e dicas de posicionamento

  • Deixe até 1–1,5 m de distância do ponto de audição, formando um triângulo curto.
  • Alinhe o tweeter com o nível dos ouvidos; use stands ou almofadas isoladoras para reduzir vibrações.
  • Se a mesa for reflexiva ou se o grave acumular, acione o ROOM CONTROL (cerca de 2–3 dB de atenuação abaixo de ~200 Hz).
  • Ajuste o HIGH TRIM conforme a sala: 0 dB para ambiente tratado; -1 a -2 dB se a acústica for “clara demais”.
  • Prefira interfaces ou DACs transparentes; o HS4 repassa com honestidade — o que é ótimo para mix, mas exige fontes de qualidade.

Para quem é o HS4 (par)

Se você precisa de monitoramento confiável em pouco espaço, o HS4 preenche a lacuna com flair e técnica. Ideal para:

  • Podcasting, dublagem e foley em home studios.
  • Produção musical em arranjos leves e monitoramento de referência.
  • Edição de vídeo e trilhas para TV/YouTube em setups compactos.
  • Espaços residenciais onde o tamanho, o som e a imagem precisam conviver em harmonia.

Contras e limitações

  • Extensão de graves limitada para sub-graves; não substitui um 5"–6,5" ou um subwoofer em salas grandes.
  • A cabinetização é leve e pode “puxar” em mesas finas sem isolamento; invista em stands ou pads.
  • Sem controles de volume no painel; adapte pelo pré ou interface.

Veredito

O par Yamaha HS4 é um dos mais equilibrados da categoria compact: som limpo, imagem confiante, controles úteis e conectividade que atende do podcast à mix musical. Se o foco é precisão em pouco espaço, ele cumpre o que promete — e com a consistência que esperamos da marca.

Em síntese: neutro, ágil e visualmente discreto. Se a sala é pequena e a exigência é alta, o HS4 não vai te deixar na mão. Vale a apuesta — especialmente se o seu workflow pede diálogo cristalino e respostas rápidas em médios/agudos, com graves na medida.